Considerando que o crescimento sustentável e o emprego são objectivos prementes, insistimos que políticas sociais e ambientais bem concebidas constituem em si elementos-chave para o reforço do desempenho económico nos diferentes países e para a melhoria do nível de vida das suas populações. Desenvolvimento económico, social e ambiental deverão ser indissociáveis.

Insistimos que a política ambiental pode representar uma importante oportunidade económica de criação directa e indirecta de empregos em larga escala, se as políticas de inovação e industrial se centrarem na promoção do desenvolvimento sustentável. Assim, é necessário um enquadramento macroeconómico que apoiasse o desenvolvimento sustentável de cada país, reforçando o emprego, a coesão social e o ambiente.

No entanto, as políticas neoliberais em curso são contrárias a estes objectivos. A "Estratégia de Lisboa", as políticas monetária e fiscal na UE tiveram consequências negativas para o crescimento da economia e do emprego e para o ambiente. Chamamos a atenção para a persistência dos elevados níveis de desemprego, pobreza, exclusão social e desigualdade dos rendimentos existente na UE. Pelo que, consideramos que a luta contra as desigualdades dos rendimentos e a promoção de uma convergência real devem figurar entre as prioridades da agenda económica e social.